Todos quando chegam à maioridade pensam que podem ao menos ter parte da tão sonhada liberdade. Não sei o que os fazem pensar nisto, mas estão redondamente enganados.
Este termo liberdade, permanece intacto na parte ideológica que nos move. Ninguém neste mundo capitalista tem qualquer tipo de autonomia sobre si mesmo como pensamos tê-la.
Tudo nos atinge de alguma maneira...
Como diz o grande Manuel Bandeira em forma de claríssima ambiguidade, na poesia "Canção do vento e da minha vida":
"[...] O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo. "
Meus dezoitão chegaram, os seus, também chegarão.
E com eles, chegarão apenas: problemas, dívidas, responsabilidades, trabalho, e as faltas.
Falta de um ombro amigo, daquela brincadeira solitária na infância, até do cheiro da antiga casa. Das formas, dos arredores e do mundo tão imenso. A falta dos rabiscos na parede, das broncas recebidas e das alegrias. A falta da responsabilidade é a que mais me aflige.
Esses dias...
Um dia desses...
Até lá!
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